GUERRA ISRAEL E HAMAS

Israel dá até às 18h para que palestinos saiam da Cidade de Gaza e se prepara para invasão; Entenda por que evacuação é tão difícil

Comunidade internacional diz que não há tempo para tirar tantas pessoas em tão pouco tempo; Risco de banho de sangue de inocentes é iminente

Cadastrado por

Gabriel dos Santos

Publicado em 13/10/2023 às 8:57
Conflito se intensifica na Faixa de Gaza - AFP

ORIENTE MÉDIO - O Exército de Israel deu 24 horas para que a população civil saia da Cidade de Gaza, uma espécie de capital da Faixa de Gaza. O prazo se encerra às 18h desta sexta (pelo horário de Brasília).

Organismos internacionais, no entanto, como a ONU e a OMS afirmam não haver tempo suficiente para remover toda a população, estimada em cerca de 677 mil pessoas.

No total, há cerca de 2 milhões de pessoas morando em toda a Faixa de Gaza. De acordo com um porta-voz do exército israelense, a "evacuação é para a própria segurança" dos civis. A orientação é que essa população parta em direção ao sul da Faixa de Gaza - região que, vale salientar, também tem sido alvo de bombardeiros de Israel.

Bombardeio à Faixa de Gaza por Israel - MOHAMMED ABED / AFP

O comunicado dá a entender que o governo de Israel se prepara para uma invasão por terra contra a Faixa de Gaza. A operação já é esperada há dias, mas a comunidade internacional teme que a entrada de mais de 300 mil militares em Gaza provoque um enorme derramamento de sangue entre inocentes palestinos.

Não há tempo para retirada de tantas pessoas em tão pouco tempo

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que não há condições de retirar tantas pessoas em tão pouco tempo da região. Vale lembrar que o território de Gaza foi fortemente bombardeado nos últimos dias. Não há luz, estradas estão danificadas e pouco combustível.

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De acordo com o G1, Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, pediu que qualquer ordem de ataque de Israel seja rescindida, "evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa".

Segundo o porta-voz, "as Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras", uma vez que não há tempo hábil para o deslocamento seguro de tantas pessoas.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mover pessoas hospitalizadas em estado grave, incluindo pessoas que respiram com ajuda de aparelhos, é uma "sentença de morte".

A guerra entre Israel e o Hamas começou no último sábado (7). Até o momento, já são contados mais de 2.800 mortos, sendo 1.537 palestinos e 1.300 israelenses.

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