Dados divulgados pela Organização das Nações Unidos (ONU) apontam que a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza após o ataque do Hamas vai além das bases do grupo. Os indicativos são de que também estão sendo bombardeadas as áreas de abrigos dos civis, como escolas e hospitais.
Israel bombardeia locais de abrigo dos palestino sem aviso
Segundo a ONU, 18 locais de atendimento à população palestina foram destruídos, parcial ou totalmente, por bombardeios israelenses. A organização identificou bombardeios em ao menos quatro escolas que estavam funcionando como abrigo para os civis palestinos, também foi apresentado que as instalações de água e saneamento da cidade foram afetadas no local.
Moradores da Faixa de Gaza afirmaram para o New York Times que não estão sendo poupados nem os locais tipicamente seguros durante os bombardeios israelenses, como mesquitas e hospitais.
Depois que o grupo Hamas atacou Israel no último sábado (07), as autoridades israelenses deram 24 horas para que pessoas da Faixa de Gaza saíssem de alguns bairros que seriam bombardeados, mas após esse período o relato dos palestinos no local é de que não houve mais alertas sobre os ataques que continuam acontecendo.
Em resposta para o New York Times, o tenente-coronel do Exército israelense, Richard Hecht afirmou que a Força Aérea de Israel não está com tempo para disparar ataques de advertência aos civis. Essas advertências eram normalmente utilizadas em bombardeios israelenses em outros períodos e tinha o objetivo de incentivar que os civis saíssem do local antes de poderem ser atingidas pelos ataques.
Foi relatado que autoridades israelenses enviaram mensagens para números de telefone palestinos e publicaram nas redes sociais sobre quais locais seriam bombardeados, mas, segundo os locais, pouco foi avisado.
A situação de energia, internet e rede telefônica no local já estavam precárias, mas o caso tem grande chance de piorar após Israel atingir a Companhia de Telecomunicações Palestina. Somando-se essa situação ao cerco israelense na cidade, a cidade também teve o fornecimento de água, energia, alimentos e medicamentos interrompidos pelos israelenses.
As estimativas do governo de Gaza é de que pelo menos 900 palestinos foram mortos e 168 prédios foram destruídos, entre eles estavam sete hospitais e 48 escolas. A cidade de 2,5 milhões de habitantes está cercada.
*Com informações do jornal O Globo